Conhecida (e reconhecida) por sua beleza verde, com um cenário repleto de bosques, praças e parques, Curitiba tem se reinventado ao longo dos últimos anos. Na tentativa de incrementar o turismo, que atrai cerca de 3,72 milhões de visitantes por ano, a cidade tem apostado no setor gastronômico, com especial destaque para o que se pode chamar de “turismo alcoólico”, marcado por uma espécie de “aliança” entre história, gastronomia e natureza. Aliás, saber onde ficar na cidade é fácil, bastando acessar a Expedia Brasil.
Consolidada como uma das cidades do país melhor preparada para receber turistas, segundo estudo do International Congress and Convenction Association (ICCA), a Capital ganhou ainda mais em evidência após sediar a Copa do Mundo e receber eventos como o UFC e a Liga Mundial de Vôlei.
Agora, o desafio que se impõe é o de aumentar o ticket médio e também o tempo de permanência dos turistas na cidade, segundo afirma Tatiana Turra, presidente do Instituto Municipal de Turismo. O setor gastronômico, então, revela-se como um dos principais aliados do município, com especial destaque ao turismo alcoólico.
“Temos um contexto bacana. O setor de cerveja artesanal está numa crescente e Curitiba vem se tornando referencial. Na Região Metropolitana temos várias vinícolas, que contam ainda com um ambiente favorável, locais agradáveis para se passar o dia”, diz a presidente do Instituto. “A gastronomia é um dos fatores que mais motivam as pessoas a viajarem. Coisas que proporcionam experiências contam muito”.
Quanto ao setor cervejeiro, por exemplo, Curitiba conta com pelo menos 33 cervejarias artesanais e no ano passado foi criado o Beer Tour Curitiba, com passeios mensais pela cidade que incluem degustação da bebida, guia cervejeiro, almoço e visitação as fábricas. Além disso, uma parceria recente entre a Secretaria Municipal de Turismo e os produtores locais garantiram a reunião de esforços em prol do setor, com capacitações, apoio a eventos e a criação de um Mapa Cervejeiro de Curitiba e Região Metropolitana.
O apoio do poder público municipal vem na esteira do sucesso alcançado pelo município vizinho de Pinhais, que também neste ano criou a Rota da Cerveja. “Temos uma grande variedade de tipos de cervejas artesanais fabricadas em Pinhais e, inclusive, já exportamos para países como Estados Unidos, Alemanha e Dinamarca. Queremos ainda mais pessoas para conhecerem e apreciarem as cervejas produzidas em nosso município”, explica o Diretor do Departamento de Turismo da cidade, Márcio Mainardes.
Se beber, não dirija
Fazer os passeios do chamado ‘turismo alcoólico’ é muito divertido, em especial diante da gama de opções ofertadas por Curitiba e região. Contudo, é sempre é importante ressaltar: se beber, beba moderadamente e não dirija.
Caminho do vinho, na RMC, já é destaque
Deixando o cenário urbano de Curitiba e fazendo uma viagem de aproximadamente 40 minutos de carro, o turista poderá se deparar com um cenário bucólico, repleto de vinícolas, cafés coloniais e restaurantes. É o Caminho do Vinho, localizado em São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, e classificado pelo Ministério do Turismo como um “achado rural do Paraná”.
O local do passeio fica a 5km do Aeroporto Internacional Afonso Pena e a 26km do Centro de Curitiba e fica numa região em que nasceu, no final do século XIX, uma colônia de imigrantes italianos que chegaram ao litoral paranaense, mas não se adaptaram ao clima e subiram a serra.
Ali, os visitantes poderão conhecer os parreirais cultivados por descendentes de italianos e se esbaldar em restaurantes com comidas típicas e, é claro, o vinho produzido nas vinícolas familiares, cuja produção é feita com máquinas modernas e barris de metais – embora permaneçam como objetos de decoração e memória os tonéis de uva em que a fruta era amassada com os pés e os barris de madeira cheios de vinho.
Passeio de trem, barreado e cachaça
Para encerrar o passeio alcoólico, vamos ao litoral paranaense, mais precisamente em Morretes. Andar pelas estreitas ruas da cidade é encontrar a história, a cultura, as belezas naturais e a tradição, tudo reunido em um mesmo local e aliado a uma riqueza gastronômica encantadora, cujo chamariz principal é o famoso barreado e o passeio de trem promovido pela Serra Verde Express.
Nos últimos anos, contudo, uma velha tradição morretense começou a ser resgatada: a produção de cachaça, que começou ainda no século XVIII. Hoje, são mais de 15 alambiques em funcionamento, o que coloca o município na liderança da produção da bebida no Paraná, com uma produção acima de 400 mil litros por mês.
A principal produtora da cidade é a Porto Morretes, que exporta suas cachaças para países como Estados Unidos, Canadá e Suíça e que em 2004 reativou um alambique do século XVIII, agregando valor ao produto e investindo na produção de cachaça orgânica. Mozart, ex-jogador que passou pelo Paraná, Coritiba, Flamengo, Palmeiras e Seleção, é um dos sócios do negócio, que já foi premiado internacionalmente.
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Por: Rodolfo Luis Kowalski
Fonte: Bem Paraná
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