» Eurotrip com Vini Andrade: La Bella Italia – Veneza

Dado o fato que Veneza é uma cidade relativamente cara para se ficar, pode ser visitada em um único dia (isso se você não optar por visitar Murano e Burano) e que meu orçamento era baixo, decidi pegar o trem no mesmo dia e passar a noite em Florença.

Minha primeira refeição no local foi o café da manhã pelo qual desembolsei a bagatela de € 2 e comprei um croissant com chocolate, um iogurte de morango e uma garrafa d’água. Como consegui esse feito? Comprando tudo no mercado Pam Firenze Ottaviani que ficava em frente ao hostel no qual me hospedei.

Comprar meu café da manhã em mercados foi uma rotina que adquiri durante esse mochilão, pois além de ser possível comer quase a mesma coisa gastando muito menos, preferi destinar o dinheiro para outras experiências gastronômicas.

Palazzo dei Vescovi

Com pouco tempo para ver o máximo de coisas que podia (32h para ser exato), andei por cada beco que consegui e, como já ensinei minha técnica para comer comida boa e gastar pouco, encontrei um pequeno e charmoso restaurante chamado Jessy’s Bar que fica na Via Romanna, e com apenas € 7 comi um delicioso Gnocchi com molho de Gorgonzola e bebi uma lemon soda (um suco de limão levemente gaseificado e muito comum na Itália).

Outros dois pontos positivos desse restaurante foram o atendimento (além da educação, a garçonete fez a gentileza de carregar meu celular) e o cardápio deles mostra todos os ingredientes que possam causar alergia em alguém (como lactose e glúten) e quais são vegetarianos, ou seja, pensaram em todos os públicos.

Fachada Jessy’s Bar – Crédito: Street view

Algo impossível de se fazer é andar pelas ruas de Florença – cidade para a qual não consigo encontrar outra forma de descrevê-la que não seja a palavra apaixonante – e não se imaginar num daqueles romances em que o casal protagonista se aventura em cima de uma vespa, desbravando belíssimas paisagens italianas, desfrutam de um delicioso gelato e se apaixonam perdidamente.

Falando em gelato, além de ser conhecida pela Ponte Vecchio, pela polêmica cúpula da Duomo de Florença, pelo Davi de Michelangelo e o quadro Nascimento de Vênus do Botticelli, Florença (ou Firenze) é muito famosa por ser a cidade dos melhores sorvetes do mundo e é claro que eu tinha que experimentar, não é mesmo?

Para essa experiência, escolhi os sabores Maracujá, Iogurte com Amarena e Santa Trinita, no valor de € 2,50, da Gelateria Santa Trinita localizada em frente à Ponte Santa Trinita (muito criativos os nomes, não é mesmo?). O lugar é uma gracinha, super bem decorado, atendimento ótimo e, embora deliciosos, achei os gelatos que tomei em Roma e em Malta mais gostosos, talvez seja devido à grande expectativa que criei pela fama de Florença.

Eurotrip com Vini Andrade: La Bella Italia – Florença

Mesmo tentando fugir de locais turísticos para comer, algumas vezes isso não é possível e isso aconteceu no local que escolhi para meu jantar. Como andei muito por Florença toda durante o dia todo, fiz algumas bolhas nos pés e acabei fazendo amizade com uma colombiana que estava em meu quarto no albergue, optei por jantar no restaurante Coco Club na Piazza di Santa Maria Novella.

Piazza di Santa Maria Novella

Pedi por um Gnocchi ao molho de quatro queijos (sim, sou louco por queijos) que não era tão bom quanto o que havia comido no almoço e uma taça de vinho e eis que a surpresa veio com a conta que ficou em cerca de € 15, ou seja, achei caro.

Duas dicas que deixo aqui para vocês: 1- sempre levem um power bank com vocês durante as viagens para que não fiquem sem bateria durante as refeições e não tenham como fotografar as iguarias. 2- Se pretende visitar os museus e jardins de Florença, não vá numa segunda-feira que eles ficam fechados.

Nosso passeio pela gastronomia de Florença fica por aqui, continuem acompanhando nossa Eurotrip, não se esqueça de deixar suas dúvidas ou sugestões aqui nos comentários e de compartilhar a série com seus amigos e familiares. Até o próximo episódio.

Vinicius Andrade é Publicitário, apreciador de boa comida, colecionador de chaveiros, viajante (do mundo e da maionese), apaixonado pela vida, pela família e pela arte.