A cafeicultora Mariana Martins de Souza, de Divinolândia, foi eleita a campeã do concurso estadual que avaliou os dez melhores lotes de cafés especiais de São Paulo e recebeu um certificado durante a 17ª Edição Especial dos Melhores Cafés de São Paulo, evento promovido na última sexta-feira (13) no Palácio dos Bandeirantes. O secretário de Agricultura e Abastecimento, Gustavo Junqueira, entregou o certificado à produtora e aos representantes da empresa Torrefação Baobá, que ganhou o prêmio na categoria Especial, por ter dado uma das maiores ofertas pela compra dos cafés dos dez primeiros colocados no concurso.
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“O café celebra a relação entre campo e cidade da maneira mais pura e direta. É a bebida que mais se revolucionou nos últimos anos. Hoje as pessoas procuram cafés diferentes, com denominação de origem. E São Paulo está mostrando que tem um terroir especial, pois vários cafés premiados vem deste Estado bandeirante”, afirmou o secretário Gustavo Junqueira. As empresas Exotic Café e Grupo 3 Corações também foram premiadas nas categorias Ouro e Diamante, respectivamente.
O evento é promovido pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), em parceria com a Câmara Setorial de Café, e apoio da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), do Sindicato da Industria de Café do Estado de São Paulo (Sindicafé-SP) e da Associação Comercial de Santos.
A seleção especial dos melhores cafés paulistas de 2019 foi feita durante o 18º Concurso Estadual de Qualidade do Café de São Paulo – Prêmio Aldir Alves Teixeira, cuja premiação ocorreu no Museu do Café, em Santos, em novembro. “É dirigido aos produtores de café, para que sejam escolhidos os melhores cafés em grão cru, que tem a melhor bebida e sabor e que podem ser oferecidos para a indústria, para ela compre e pague preços melhores do que o mercado”, explica o presidente-executivo do Sindicafé-SP, Nathan Herszkowicz. As empresas que compraram os cafés finalistas do concurso industrializaram os produtos que chegam ao consumidor em embalagens com selos numerados e exclusivos de identificação.
Nesta edição do Concurso, foram avaliadas 44 sacas de cafés das categorias Natural (22), Cereja Descascado (18), Microlotes (4) e Nano Lote (1), adquiridas em leilão por indústrias de café e cafeterias. O valor total da venda alcançou R$ 64.140,00. Participaram do leilão as empresas Café Toledo, Baronesa, 3 Corações, Torrefação Baobá, Sr. Espresso Cafés, Reynaldo Anauate, Suplicy Cafés Especiais, Coffee Lab, Barisly Cafe, Dengo Chocolates, Exotic Café, Cafeteria do Museu, Café Caiçara, Il Barista e Café Morro Grande.
Cafés especiais
Com origem no Oriente, o café rapidamente conquistou a preferência de populações como bebida saudável, agradável, revigorante e companhia de quase todos os momentos do dia. O fruto entrou no Brasil há 300 anos. Hoje, o País é o maior produtor e exportador mundial de café e o segundo maior consumidor do produto.
Os cafés especiais se originam de um fruto que produz bebidas mais finas e diferenciadas, com atributos sensoriais muito apreciados, sabor residual longo e apreciável, sendo o tipo mais valorizado. Numa escala de 0 a 10 pontos, na metodologia de análise da ABIC, os cafés especiais conseguem graduação de 7,3 pontos até 10,0 pontos, o topo da escala.
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São Paulo é o terceiro maior produtor de café do País. Os principais cinturões cafeeiros são Franca, São João da Boa Vista, Marília, Avaré/Ourinhos, Bragança Paulista e Ribeirão Preto. Em uma área de 201 mil hectares, a produção é de 4,3 mil sacas de café beneficiado. Estimativa prévia do Instituto de Economia Agrícola mostra o café na 10ª posição do ranking do Valor da Produção Agropecuária (VPA) em 2019, com R$ 1,7 bilhão.
Foto: Divulgação/Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo
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