Todo mundo gosta de dizer que não precisa de dicas de corte de carnes, que conhece tudo sobre o assunto e é o rei do churrasco. No entanto, a verdade é que muita gente não sabe bem como organizar um evento em casa e não sabe qual tipo de carne escolher para cada tipo de situação. Por exemplo, as pessoas não sabem que a carne usada em um churrasco não é a mesma usada em um evento social mais elevado.
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Isso acontece porque cada parte do boi, do porco ou do frango tem características específicas. Algumas são mais fibrosas, outras menos. Algumas têm mais gordura, outras são mais leves. Algumas são boas para assar, outras para cozinhar. Portanto, é importante conhecer bem cada tipo de corte de carne para poder usá-lo na ocasião correta, no momento certo e, mais importante, prepará-lo da maneira adequada.
Ainda que o preço da carne esteja alto, ela ainda é um dos pratos favoritos das pessoas e uma opção que não pode faltar na mesa. Quer conhecer algumas dicas de corte de carnes para não errar na escolha? Então siga a leitura do artigo abaixo!
4 dicas de corte de carnes
1 – Entenda o que é “carne de primeira”, “de segunda” ou “de terceira”
Você provavelmente já viu no açougue ou ouviu alguém falar em denominações como “carne de primeira”, “carne de segunda” e “carne de terceira”. Isso tem a ver com a qualidade do sabor da carne? Ou seja: a carne de primeira é melhor que a de segunda? Não, na verdade não é isso.
A divisão entre carnes de primeira, segunda ou terceira tem a ver com o local do boi onde elas estão localizadas. Isso tem influência sim na qualidade da carne, mas apenas na sua maciez e quantidade de gordura. Não significa que uma de primeira é obrigatoriamente melhor do que uma de segunda, especialmente se levarmos em consideração o modo de preparo e a situação em que ela será usada.
Os cortes de primeira são aqueles que estão em partes menos usadas pelo boi. Portanto, são mais macias. Eles são muito usados para churrasco, para fazer bifes ou assados. Alguns exemplos incluem o contrafilé, o filé-mignon, a picanha, alcatra, maminha e o patinho. Já os cortes de segunda são aqueles que ficam em partes mais expostas do boi. Acabam sendo mais populares por serem carnes com mais fibra e mais músculos. São ótimas para cozidos, especialmente na panela de pressão. Exemplos dela são o cupim (que tem bastante gordura e fibras), o acém (o pedaço mais macio da parte dianteira), a paleta (com bastante gordura interior) e o fraldão (bastante fibras e sabor suave).
Por fim, o corte de terceira é aquele que leva junto uma camada extra de tecido conjuntivo do boi. Por isso, tem mais gordura e um pouco mais de nervos do que os outros cortes. São também mais baratos no açougue. Um exemplo é o músculo, uma carne que é muito saborosa. A ponta de agulha também é um exemplo e se destaca por ter muitas fibras, sendo um corte mais recomendado para sanduíches.
2 – Saiba qual corte de carne é melhor em cada situação
Agora que você já entendeu os diferentes cortes, deve ter percebido que é importante saber escolher o melhor para cada situação. Afinal, nem sempre a carne “de primeira” será a mais recomendada.
Por exemplo, a picanha é um corte muito macio e gorduroso. É, possivelmente, o corte favorito dos brasileiros. No entanto, ela não é muito recomendada para um evento social mais formal, daqueles que você tira o faqueiro de prata do armário. Isso porque ela é gordurosa demais e pode causar alguns inconvenientes nessa situação.
Já para um churrasco informal com os amigos, ela é perfeita. As carnes mais fibrosas devem ficar longe da churrasqueira, mas são muito indicadas para quem está de dieta, mas ainda prefere comer carne.
3 – Aprenda como preparar cada corte de carne
Cada tipo de corte de carne pede um preparo específico. Isso porque cada maneira de preparar o corte ajuda a realçar suas características positivas. Por exemplo, uma carne com bastante gordura interna deve ser feita assada, mas primeiro selada para evitar perder sua suculência.
Já uma carne com uma capa de gordura externa deve ser feita na grelha, pois a gordura vai derretendo e entra na carne. Um corte mais duro precisa ser feito na panela de pressão para poder realçar seu sabor e por aí vai.
4 – Saiba escolher o corte no mercado
Quando você for comprar cortes de carne no supermercado, precisa ficar atento para poder escolher as melhores opções e não ser “enganado” pelo açougueiro. É claro que os profissionais do açougue não são más pessoas, mas é comum que eles recebam instruções para tentar “empurrar” carnes que já não estão no melhor estado para evitar perdas ao supermercado. Em caso de carne bovina, o melhor é comprar uma carne mais vermelha, sem manchas e pontos escuros na sua superfície. Além disso, a sua consistência deve ser firme. O mesmo com a carne suína, que não pode apresentar uma consistência meio amolecida ou pegajosa. Já em relação ao frango, a carne precisa estar bem presa aos ossos, com uma cor meio amarela pálida.
Pronto! Essas quatro dicas de corte de carnes vão deixar o seu churrasco, seu evento social ou mesmo o seu almoço mais simples e saborosos. É verdade que ainda existe muito mais que você pode aprender sobre o assunto, desde combinações de carnes para fazer um bom blend de hambúrguer (a dica é pegar uma carne com mais gordura e outra mais magra) até segredos do tempero ou as diferenças entre as raças de animais.
Agora que você já viu essas dicas, é hora de espalhar a palavra. Portanto, compartilhe este conteúdo nas mídias sociais para mais pessoas aprenderem sobre o assunto!
Foto Destaque: Banco de imagens/iStock
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