A degustação de bebidas é um processo bastante complexo. Porém existem algumas formas de conseguir chegar perto do aproveitamento máximo do sabor de determinados tipos de líquidos.
Por mais maluco que possa parecer, a escolha de um recipiente adequado é essencial para que seja possível aproveitar a degustação de uma determinada bebida em seu potencial máximo de sabor, consistência, entre outros fatores.
Uma das bebidas que mais se vale dessa regra é o vinho. A escolha das taças é essencial para valorizar os aromas, pois determinados formatos permitem o contato adequado do líquido com o ar, de forma que não interfira na temperatura e em outras características que são importantes para a degustação.
Apesar de importante, essa preocupação com o melhor recipiente para se experimentar determinados tipos de bebidas veio somente no século 20. Esse comportamento foi resultado de muitas pesquisas, onde definiram qual seria o formato ideal de taça para cada tipo de vinho, o que acabou gerando grande comoção entre os enófilos.
Mesmo assim, por questão de tradição, países como Itália e França usam taças simples, com hastes mais curtas, para todo tipo de vinho que consomem.
Como escolher a taça ideal para o seu vinho?
Para que seja possível chegarmos a essa conclusão, devemos primeiro levar em consideração todos os componentes que formam o recipiente que leva o nome de taça. Vamos a eles:
- Bojo: É basicamente o “copo” onde você vai colocar a bebida.
- Haste: Parte fina que sustenta o bojo, usada para segurar a taça.
- Base: Essa é a parte mais alargada abaixo da borda, localizada no final da haste, o que dá sustentação para a taça.
É importante conhecer estes termos, e o que cada um representa, para que possamos chegar ao próximo passo, que é escolher a taça certa para a sua bebida.
Vinho tinto
A taça mais indicada para os vinhos tintos é conhecida como Bordeaux; ela possui um bojo mais largo e uma borda menor, sendo bastante indicada para servir vinhos tintos mais encorpados.
A borda estreita faz com que os aromas permaneçam concentrados. No momento de direcionar o líquido à boca, acaba valorizando seu potencial gustativo, além de possibilitar a sensação de adstringência de vinhos com estilos mais tânicos para o paladar dos apreciadores.
Já as taças do tipo Borgonha, que possuem um formato semelhante ao de um balão, são recomendadas para vinhos da região homônima, por serem mais complexas. O bojo maior dela permite que a bebida tenha mais contato com o ar, trazendo à tona características e complexidades únicas de vinhos produzidos com a uva Pinot Noir.
Vinho branco
Para esse tipo de bebida ser apreciada adequadamente, as taças mais indicadas são aquelas que possuem um corpo menor do que as de vinho tinto. Isso se deve ao fato de elas serem pensadas para manter a temperatura baixa por mais tempo.
A taça com o bojo menor também ajuda a realçar as notas frutadas do vinho branco, permitindo uma melhor degustação.
Rosé e outros tipos de vinho
Para o vinho rosé, o ideal é uma taça menor, que mantenha o frescor, porém com um bojo mais aberto, para valorizar o aroma e o sabor. Entretanto, como não é tão comum achar um recipiente como este, pode ser utilizada a mesma do vinho branco.
Os vinhos de sobremesa, licorosos ou fortificados, como precisam ser saboreados em menor quantidade, o mais indicado são as taças pequenas, com boca estreita. O desenho do recipiente faz com que a bebida chegue primeiro à ponta da língua, acentuando a doçura do líquido.
Já os espumantes são mais indicados a flûte – flauta, em francês. Seu design estreito e comprido do bojo ajuda a manter as bolhas da bebida e direcioná-las ao nariz no momento do consumo, potencializando o aroma.
Foto Destaque: Istock
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